O Sal é um Dom antes de ser um livro de receitas, ele conta e permeia a vida da família Velloso em que a comida chega a ser um membro querido. Chega não, é.
Comida de festa, do dia-a-dia, comida para celebrar. Sempre com fartura, alegria e diversão. Pratos simples e de raiz do Recôncavo Baiano, particularmente Santo Amaro (BA) onde se criaram. Diria que os quitutes listados sejam uma forma de comfort food daquela região, caso não, ao menos para os nativos de lá.
Entretanto, mesmo tendo esse “que” baiano muitos pratos poderiam facilmente estar presentes em qualquer mesa como os refogados, as sopas, as galinhas… mas claro que não poderia faltas as moquecas, vatapás e azeite-de-dendê.
Uma das coisas que ele mostra é que comida boa não precisa ser difícil, complicada, repleta de etapas. Prestar atenção ao básico e (vai soar piegas) fazer com vontade, claro! Estamos falando de comida, né!
Das várias receitas, uma em especial me chamou a atenção: pirulito. Uma calda de açúcar com sabor ou não no formato de cone! Algo tão simples e caseiro que deve sido festa para as crianças. Quando li fiquei com aquela sensação “como não pensei nisso antes?”.
Nos textos intercalados pelas fotos e receitas descobrimos de onde surgiu o título da obra, a própria Mãe Canô proferiu a máxima: o sal é um dom. Certa vez quando indagada por causa de uma receita, falou todos os ingredientes até que fora questionada sobre a quantidade de sal no que respondeu com o título do livro. Contra essa sabedoria de raiz não me atrevo a duvidar, sem falar que concordo.
A publicação foi escrita por Mabel Velloso, filha de Mãe Cano, a matriarca que já passou dos cem anos! Não quero causar nenhum furor ou coisa do gênero, mas parte dessa longevidade deve ser explicada pelos hábitos alimentares. Prefiro acreditar que sim, porque posso experimentar mais pratos! :)
O Sal É Um Dom: Receitas de Mãe Cano por Mabel Velloso
Editora Nova Fronteira – 127 páginas, 2008
Preço médio: R$69 reais.
Ai, que saudades, Pirulitos de Caramelo, voltei 40 anos no tempo quando eu comprava na rua de casa onde eram vendidos em um tabuleiro de madeira. Que bom………
Abraços mil
Visito sempre o seu blog e acho muito interessante a forma como você escreve, parece uma conversa com uma pessoa muito conhecida! Parabéns!
Você me animou a comprar o livro só por esse pirulito de calda de açucar que lhe causou admiração. Esse era um dos doces mais consumidos no meu tempo de escola lá pelos idos de 64 (você nem sonhava em nascer não é mesmo?). Os pirulitos eram duros ou então puxa-puxa (os meus preferidos). Que delícia!!!!
Adorei a dica de livro. Ainda nao tinha visto esse em lugar nenhum
boa semana
Oi não conhecia este livro. Gostei. Afinal ela enfia o cartucho de papel manteiga em massa crua, é isso. Não quer fazer e ensinar para nós. Eu gostei do jeitinho. Um abração da Pri – MG