Há muito tempo atrás comentei sobre a chegada ao Brasil da marca Kenwood com a linha kMix de eletroportáteis: batedeiras, mixer, cafeteiras e chaleiras (leia: Linha kMix).
O tempo vai, o tempo vem… e sempre fiquei de olho nessa linha por fugir do padrão em relação as cores. Apesar de gostar de tons sóbrios, um ponto colorido não faz mal à ninguém. Infelizmente, para mim, o mercado alvo era o de luxo para concorrer com a Kitchen Aid. Logo, o preço não era dos mais convidativos. Continua não sendo.
Porém, as lojas de varejo fazem umas xepas promos e justamente numa dessas resolvi comprar a Batedeira Manual Kenwood Raspberry. Não só pelo preço em si, até por que não foi tão barato assim, mas por necessidade também. Apesar de ter uma batedeira planetária (sim, é uma Neidinha), ela é grande demais para preparos corriqueiros.
Esta de mão sempre vejo os youtubers gringos usarem, claro que em alguns casos eram parceiras entre as partes. Mas aparentava dar conta do recado e precisava de um produto que aguentasse o meu uso.
Em tempo, a Kenwood (inglesa) foi comprada pela marca italiana De’Longhi em 2001. E a Kenwood japonesa é outra empresa focada em equipamentos de audio e pertence a JVC.
Design
O acabamento é todo arredondado e compacto, o que transmite um ar mais harmônico para a peça. Não é visualmente agressiva, o que eu acho um ponto bem positivo. Ainda mais considerando a sua cor: um vermelho queimado/mais escuro e esmaltado.
A batedeira tem uma pegada diferente do que estamos acostumados: é pesada e robusta. O corpo principal é de alumínio fundido e envolve o motor de 250W no modelo de 127V (350W para 220V). Devido a isto, ao utilizar proporciona uma sensação de maior estabilidade. Porém, segurar por muito tempo os cerca de 1,3kg não é uma tarefa muito divertida.
A alça é revestida por um material que parece borracha o que oferece aderência durante o uso. Nos testes não houve casos de escorregões, assim como a base. No modo descanso, ela fica em pé com os batedores na horizontal. O mecanismo de fixação dos batedores são de plástico, o que pode limitar a vida útil da batedeira. Porém, creio que praticamente todos os equipamentos da categoria sejam assim, independente do fabricante.
Logo acima da base há uma reentrância para enrolar e guardar o fio. A funcionalidade tem boa intenção, mas não cumpre totalmente a função. Parte do fio perto do plugue fica para fora da batedeira e do suporte de armazenamento.
Modelo
Não tive muita opção em relação ao modelo, no Brasil, só é encontrado um: HM791 Raspberry, o nome da fruta é codinome para a cor. No exterior existem outras opções como branco (coconut), preto (mars black), creme (almond), azul (majestic blue) e amarelo (summer yellow). Se eu pudesse ter escolhido queria a branca ou a creme, pois a batedeira principal é preta.
Acompanha o produto um suporte de armazenamento em plástico para a batedeira e os pares de batedores. Um par para massas leves (bolo, bater claras, chantilly) e o segundo em espiral para massas mais pesadas, ambos de aço inox. Tem botão dispensador para liberar os batedores.
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Funções
A velocidade possui cinco níveis e o pulsar. Particularmente, pensei que seria mais potente de modo geral. As velocidades mais baixas (1-3) são realmente leves, enquanto a 4-5 possuem a potência que eu gostaria mais no começo. Por exemplo, a quatro poderia ser a 3. É uma preferência pessoal e pelo meu uso básico: cremar manteiga, óleo e açúcar. O que exige uma força a mais. Para claras em neves e chantilly não há problemas.
Optei por não utilizar os batedores de massa pesada (pão) ao ver o funcionamento com massa de bolo, não valeria o estresse mecânico no equipamento. Para isso, acabo usando a batedeira principal ou sovando na mão mesmo, dependendo da quantidade.
Embalagem
Quem me acompanha pelas mídias sociais (instagram, twitter e snapchat) já sabe que gosto bastante de embalagens mesmo não entendendo nada sobre o assunto. Chamou a atenção, é bem provável a vontade de comprar.
Antes da compra não sabia como era, afinal nunca tinha visto ao vivo. E a surpresa foi bem-vinda. A identidade visual é simplista e cumpre muito bem a sua função. A imagem da batedeira tem um acabamento envernizado, parecido com cartões de visita. O material é resistente, um ponto muito importante, pois para equipamentos grandes eu guardo as caixas. Durante mudança de casa facilita bastante.
Conclusão
Apesar de alguns pontos não estarem dentro da minha expectativa, no geral, a batedeira cumpre o seu papel. Ser usada em receitas corriqueiras em que não é necessário o uso da batedeira planetária. A robustez da construção dela faz valer a pena. Porém, numa última busca antes de publicar não encontrei mais a venda nas lojas online.
Pontos negativos
- Sistema de armazenamento do cabo não ser tão eficiente
- Velocidades mais leves do que o esperado
- Pesada para uso prolongado
Pontos positivos
- Construção em metal é robusta
- Compacta o suficiente
- Facilidade de armazenamento
- Design competente
- Desempenho consistente
Especificações Gerais
Produto: kMix Batedeira Manual (HM791)
Cinco velocidades, pulsar e dois pares de batedores
Potência: 250W (127V)
Dimensões: 22 x 17 x 17,8cm
Peso: ~1,5kg
Preço sugerido: r$330 a r$500
Bom dia!
Gostaria de saber então qua vc indica para quem quer trabalhar com pão caseiro qual delas tem uma produção melhor?
Não indico nenhuma! :)
Gostei tanto do rewiew que fui atrás dela na internet e também não achei mais para vender… mimimimi
Tenho duas planetárias, uma neidinha e uma kMix, mas sinto falta de uma batedeira de mão para as pequenas coisas do dia a dia, como uma quantidade média de chantilly (uso sifão para pequenas quantidades) e para bater claras em banho maria, por exemplo. Vou ver se consigo alguém disposto a trazer da terra do tio sam.
Eu suspeito que a Delonghi (a empresa-mãe) vai tirar a marca do Brasil… lá na gringa tem várias opções, até da Neidinha!
Será? Eu tenho visto o marketing deles mais focado na Cooking Chef, que seria uma concorrente da Thermomix, que parece que finalmente emplacou no Brasil. Talvez eles optem pela linha mais simples, como a que vende no sam’s club e deixem de fora os produtos mais top’s fora do mercado nacional, como tantas empresas fazem. É uma pena para nós.