O nosso tradicional pudim de leite condensado com um toque bem asiático: matcha!
Talvez não seja novidade para ninguém, mas eu gosto bastante de matcha como ingrediente, principalmente, na confeitaria. Acredito que orna demais. Cria uma harmonização entre os gostos que deixa os doces bem equilibrados.
Nada mais justo do que colocar matcha no pudim, uma das sobremesas mais clássicas do Brasil, não é mesmo? E a combinação não poderia ser mais perfeita possível. Ornou demais!
Tudo bem que a cor não fica das melhores, um verde de burro quando foge. Mas o sabor é incrível, muito gostoso mesmo. Mas claro: você precisa gostar de matcha, o sabor é bem presente. Você vai sentir o sabor característico do chá no pudim.
Outra diferença dos meus pudins: não asso no forno, mas sim na panela própria para pudim que é usada diretamente na boca do fogão (no queimado). Como se fosse uma panela normal mesmo, é cozido em banho-maria nessa panela. Para mim, é bem mais rápido que no forno.
E sim, já testei na panela de pressão, mas não gostei. Apesar de ser bem mais rápido mesmo… a textura ficou estranha para o meu paladar, além de que achei que ficou com sabor de ovo mais pronunciado (pode ser vozes da minha cabeça). E vale lembrar que panela de pressão cozinha em uma temperatura maior (esse é o grande trunfo da panela) em torno dos 120ºC, o que tira boa parte do propósito do pudim.
Para mim, a melhor maneira de cozinha pudim é no sous vide igual ao Melhor Pudim de Leite Condensado do Mundo que ninguém vai fazer: uma textura de milhões.
Dicas para escolher o matcha (chá verde em pó)
- Recomendo as opções importadas e, se possível, de origem japonesa.
- Não recomendo comprar matcha vendido de maneira à granel e exposto, por ser um produto em pó tende a absorver sabores e aromas facilmente; além de se oxidar mais rápido.
- Preste atenção na embalagem: ela deve proteger contra a luz, ou seja, embalagens transparentes não são ideais.
- Opte por matcha que tem uma cor verde mais vibrante e com um subtom mais para o verde do que para o marrom.
- Desconfie de matcha muito barato: matcha é um produto caro (dá um trabalho horroroso para produzir, logo, será caro). Se está muito barato: ou tem ingredientes de volume (como maltodextrina) ou a qualidade do chá base não era das melhores ou está próximo do vencimento.
- Geralmente, a melhor variedade de matcha é a opção cerimonial (usado na cerimônia do chá, logo, caro), premium, culinário e o sem classificação. É possível usar qualquer um deles, o fator de escolha será preço.
- A quantidade de matcha usado pode variar de acordo com a qualidade do chá comprado; sugiro ir colocando aos poucos e experimentando. Apenas se lembre que o pudim será consumido frio, o que diminui a percepção do sabor dele, ou seja, precisa de uma boa quantidade para que seja possível sentir mesmo gelado.
- Na receita sugiro usar Catechin Powder Tea (sachê branco) que é uma matcha vendido pela Daiso e produzido pela empresa Kunitaro; e o matcha Hagoromo Ujinotsuyu que vem em uma latinha verde.
Pudim de Matcha (chá verde)
Ingredientes
- 125 g açúcar cristal
- 395 g leite condensado (8% gordura)
- 350 g leite (integral, semidesnatado ou desnatado)
- 3 ovos
- 15 g matcha (chá verde em pó)
- 5 g essência de baunilha
Modo de Preparo
- Aqueça água na panela de pudim até a marcação indicada. Não precisa ser uma fervura forte. A forma de pudim tem cerca de 20-21 cm (diâmetro superior) e 15 cm (diâmetro inferior da base) por 9,5 cm (altura); e a panela em si 21 cm (diâmetro) por 13 cm (altura).
- Faça o caramelo com 125 g açúcar cristal, seja diretamente na forma de pudim ou em uma panela separada. Tenha cuidado, é bem quente. Deve ficar com uma cor âmbar e espalhe nas laterais da forma. Reserve.
- Bata 395 g leite condensado, 350 g leite, 3 ovos, 15 g matcha (chá verde em pó), 5 g essência de baunilha no liquidificador em alta velocidade até ficar bem homogêneo, cerca de 30-60 segundos.
- Deixe a mistura batida descansar por 15 minutos, se desejar, passe por uma peneira fina para remover a espuma. Esta etapa ajuda a liberar a bolhas de ar que podem virar furinhos no pudim, alterando a textura.
- Transfira a mistura para a forma com caramelo.
- Cozinhe o pudim na panela de pudim, em banho-maria, por 1 hora e 20 minutos em fogo baixo (é na boca do fogão e não no forno). Ao espetar com uma faca, ela sairá ligeiramente suja, mas não deve estar líquida. Comece a testar quando chegar em 1 hora.
- Desligue o fogo, deixe no banho-maria por 20 minutos. Retire a forma do banho-maria e deixe esfriar por 30 minutos ou até ficar morno.
- Leve para geladeira para esfriar completamente, cerca de 8 horas. Ideal de um dia para outro.
- Ao retirar da geladeira, o pudim deve estar descolado das laterais da forma ao dar uma sacudida. Se estiver levemente grudado, passe a forma na chama do fogão (se a forma puder ir diretamente ao fogo) rapidamente para amolecer o caramelo.
- Desenforme em um refratário e sirva. Deve ser guardado na geladeira e consumido em até 3-4 dias.
Dicas
- Matcha: recomendo que use as opções importadas, na receita Catechin Powder Tea que é uma matcha vendido pela Daiso e produzido pela empresa Kunitaro; e o matcha Hagoromo Ujinotsuyu que vem em uma latinha verde.
- Panela de pudim: sim, o pudim é cozido na panela de pudim na boca (queimador) do fogão e não no forno. Não asso pudim no forno, no meu forno, demora demais. Demora mais que em sous vide para ter uma ideia.