Eu Fiz Gastronomia: Valeu a Pena?

O dia 27 de junho de 2016 foi um marco para mim: meu último dia de aula do curso superior de Tecnologia em Gastronomia aqui no interior do Paraná. Sim, eu fiz Gastronomia.

Foto de um letreiro iluminado escrito Kitchen, cozinha em inglês.

Foto: Sara

A pergunta que não quer calar é: Valeu a pena?

A resposta é curta e grossa: depende.

Demorei para começar e terminar o texto, buscava o melhor tom para dizer tudo aquilo acredito ser importante.

Durante todo esse tempo do PratoFundo, recebi várias vezes a mesma pergunta. Primeiro por causa do curso técnico de cozinheiro (bem no começo do PF) e depois por causa da faculdade de gastronomia que pouco comentei aqui, é verdade. Eu queria terminar para chegar em uma resposta. Que veja, será bem subjetiva e extremamente pessoal.

Existem várias maneiras de responder esta pergunta tão simples, mas complexa quando somada com outros fatores. Uma já foi dada, agora tentarei mostrar o meu ponto de vista.

Repito: é a minha opinião. Mistura um pouco do que eu esperava e o que de fato aconteceu. Era um curso dos sonhos até que o momento oportuno apareceu e o resto é história.

Mas nem para todo mundo será assim. Para alguns não é preciso nenhum pré-preparo, só esperar as aulas começarem. Enquanto para outros, é necessário uma análise para saber se é possível ou não.

Para mim, foi uma mudança de vida e de carreira. Migrei da área de saúde/biológica para a de humanas. Se você chegou agora, minha formação básica é em Ciência: sou farmacêutico-bioquímico também. Para ter uma ideia, em meados de 2012 já poderia ser mestre em farmacologia (ou química analítica) e iniciado o doutorado, por exemplo.

Panela com cabo com líquido fervente e vapor sobre fogão de indução em fundo escuro

Foto: Semtrio

E, não, não sou rico. Muito pelo contrário, mas oportunidades me levaram para a comida. Era quase inevitável.

A minha escolha foi, de certo modo, planejada.

A minha escolha foi, de certo modo, planejada. Passei pelo curso técnico para ter noção do que seria uma cozinha comercial, consegui fazer estágios e freelas durante a transição.

Eu realmente não sabia como era. Vamos combinar, para quem tem formação em uma área gerencial e passar para uma serviçal é uma mudança considerável.

Lógico, houve momentos de: o que diabos estou fazendo aqui? Prefiro acreditar que tudo acontece por algum motivo. Até mesmo o PratoFundo, surgiu por um e evoluiu a partir dele. Creio que o blog foi uma peça fundamental no processo todo.

Gostar de cozinhar, não é opcional. É item de série. O detalhe é: até que ponto você realmente gosta?

Saber logo de cara que gastronomia, cozinha, culinária… não importa o nome é um trabalho serviçal é essencial. Irá te poupar tempo e crises existenciais. Ou seja, você está ali para servir alguém. Ponto.

Existe uma diferença básica (e bem grande) entre cozinhar para cinco amigos no fim de semana e comandar um fogão comercial todos os dias da semana. Isso quando chegar ao fogão. Novatos, o pré-preparo será o seu fiel amigo por um bom tempo. Leia-se: cortar muita cebola, alho, separar os ingredientes.

Se está disposto a sacrificar feriados, amigos, família, saídas de fim de semana? Claro, não é esse horror que está imaginando. Pelo contrário, mas só quero deixar claro que trabalhamos quando os outros estão se divertindo. Sábias palavras do chefe de um dos meus estágios. E sejamos práticos agora, me divirto muito na cozinha, mas não deixa de ser trabalho.

A questão financeira é um ponto muito importante. Vai demorar um bom tempo para recuperar todo o investimento feito e não é garantido. Nos grandes centros os cursos são caros, e a Gastronomia em geral tem um custo considerável. A menos que seja rico, nesse caso, dinheiro não é problema para você. Veja: Le Cordon Bleu Brasil: Valores e Cursos.

Quando eu resolvi fazer a faculdade (fiz antes antes do boom de 2015-2018). Cursei em uma faculdade do interior do Paraná (em tempo: não importa lá muito onde cursar, depende mais de você), por questão de custo e comodidade. A mensalidade na época era 1/3 do cobrado nas principais de São Paulo e estava morando na cidade, logo, nada mais sensato.

E, geralmente, estágios na área não são remunerados. Outra pergunta: tem condições de manter o padrão de vida? Melhor: vai mudar de padrão em busca do sonho?

Adoraria ter estagiado em vários restaurantes em São Paulo e no Rio de Janeiro. Muitas pessoas falavam (e ainda falam) para ir, e com alguma ajuda aqui e ali (o famoso QI: quem indica) conseguiria entrar nesse lugares.

Sei que não é por mal. Mas bancar uma vida em outro estado e cidade não era uma realidade para mim. Ninguém iria me dar casa, comida e roupa lavada. As coisas não são tão fáceis assim.

Para não se frustar e perder tempo, é muito importante ter um objetivo bem definido

Para não se frustar e perder tempo, é muito importante ter um objetivo bem definido ou perceber o que realmente tem paixão. Saber logo no começo ajudará a tomar uma decisão, ainda mais para quem estiver pensando em trocar de carreira.

Você quer ser dono de restaurante, virar sócio? Ser cozinheiro de um grande restaurante? Talvez trabalhar com bebidas? Ou quem sabe ainda, seguir a carreira acadêmica?

Agora vem aquele balde de água fria.

Esqueça a imagem dos chefs celebridades e dos realities show. Como em qualquer profissão, existem os bons e os maus, na hora da foto fica difícil separar o joio do trigo.

Glamour? The cake is a lie.

Imagine o glamour, mentaliza ele. Agora esqueça dele 10 vezes, aí você começa ter uma noção do que é uma cozinha de verdade. Lembrando: Chefe de cozinha é um cargo, você e eu sempre seremos cozinheiros.

Todo esse texto antes de contar sobre a faculdade de gastronomia. Senti na necessidade de mostrar que não é tão simples assim, há todo um cenário a ver visto.

e finalizo mais essa etapa uma pessoa melhor

O meu curso durou 2 anos e 6 meses. Tenho para mim que entrei de um jeito e finalizo mais essa etapa uma pessoa melhor. Por mais que muitos discordem, hahahah.

Lembra que no começo do texto classifiquei a gastronomia como humanas? Então, a encaro assim. Na essência lidamos com gente, com outras pessoas. A comida é o meio condutor dessa história.

Como o David Lebovitz sempre comenta (ele se auto-denomina baker, para nós seria mais confeiteiro), dificilmente uma pessoa normal vai fazer um bolo só para ela (há controvérsias, heheheh). Quando fazemos um, queremos que outras pessoas comam. Não adianta fingir que não.

Esqueça a imagem dos chefs celebridades e dos realities shows

Aprendi a lidar com a diferença. Acreditava que sabia conviver e aceitar, mas como estava enganado. Esperar que o outro seja a igual a mim, é injusto, é prepotente e muito perigoso.

Hoje percebo isso. Errei, mas dos males o menor: consegui perceber isso a tempo e resolvi mudar.

Entretanto, isso não significa que tenho paciência com falta de boa vontade, com gente preguiçosa e corpo mole. É virtualmente possível aprender qualquer coisa, basta ter vontade. Se não quer fazer nada, ao menos não atrapalhe.

Seja humilde. Engula esse ego todo. Não, você e eu não somos esse rei da cocada que acreditamos. Porém, ao mesmo tempo não seja modesto. É uma dualidade incrível, mas conseguimos nos adaptar a tudo. Acredite.

Seja uma esponja, absorva todo o conhecimento que puder. Sempre que possível participe na produção de eventos da faculdade, mesmo que não seja pago. É uma oportunidade de treinar, aperfeiçoar uma técnica, gerenciar pessoas e tantas outras. O equilíbrio entre a teoria e a prática vai te fazer um cozinheiro melhor, acredito e muito nisso.

A mensagem, a ideia, quiça conselho seria: divirta-se! E repita o seguinte mantra num momento de estresse e dificuldade (de colega, de ingrediente, de aula, de professor): é o que tem para hoje, é o que tem para hoje…

Por tudo isso e por quase nada, que o curso valeu a pena. E agora? Correr atrás… aliás, correr na frente! Aprender mais, trabalhar mais, cozinhar mais e, claro, comer mais ainda!

Pilha de pratos e tigelas

Foto: Ugg

Vitor Hugo

Mestre em Ciência de Alimento, Farmacêutico-Bioquímico e Gastrônomo. Atua como Produtor Gastronômico e Comunicador de Ciência. Criou o PratoFundo para ser o portfólio de gastronomia e ciência.

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74 Comentários (Deixe o seu!)
  1. mirna:

    olá, faço odontologia e após fazer um cursinho básico de culinária descobri o quanto gosto de gastronomia…. tenho 30 anos. vc acha que estou velha pra iniciar uma faculdade de gastronomia e tmb se vale a pena? Abraços

    1. Vitor Hugo:

      @Mirna: nunca é tarde para começar, mas como deixei pontuado no texto: vai depender do que realmente quer. Se vale realmente a pena, somente você pode saber o que é melhor para você, né? :)

  2. Andreza:

    Procurando sobre o por que de cursar gastronomia achei seu texto. Muito bom, me esclareceu bastante sobre a área, como a débora também gosto bastante de confeitaria. O que venho pensando antes é fazer um curso mais simples pra saber se gosto mesmo disso e depois ver se a faculdade seria melhor.

  3. Sandro:

    Valeram a dicas, tenho 48 anos e a vida foi de estresse gerenciando pessoas e vendas, acabei e perder o emprego, é possível fazer minha casa virar um bistrô?Cozinhar pra mim não é trabalho, é brincadeira, é malvadeza de criança ver quem come se desbundar( desculpe a expressão de caminhoneiro).Gastronomia é atualização constante, amo isso.Sucesso aos loucos pelo encanto do fogão.

  4. Deborah:

    Gostei muito do texto, estou em um dilema na minha vida,sou formada em Direito, faço faculdade de Gastronomia 1°período,sou apaixonada por confeitaria e panificação, quero me especializar somente nesta área. Não sei o que fazer, se tranco a faculdade e vou fazer uns cursos somente nesta área ou se continuo a faculdade,porque a maioria das aulas práticas que terei serão sobre coisas que não me agradam. Estou sentindo um tédio nesse 1° período, estou aprendendo cortes. Me dê sua opinião por favor, o que acha? Já me disseram que as oportunidades de emprego que uma pessoa que faz Curso Superior em Gastronomia e a que faz Cursos Profissinalizantes são as mesmas, começaremos como ajudantes e os salários são baixos. Conversei com pessoas que trabalham na área e disseram pra eu fazer uns cursos dentro da área que quero e não fazer faculdade, que era besteira. Então não sei o que faço. Me ajude por favor, obrigada e sucesso.

    1. Vitor Hugo:

      @Deborah: independente de qual área desejar trabalhar na gastronomia, você terá que sempre fazer cursos de atualização. Fazendo faculdade ou não, o aprendizado é constante. Difícil dizer o que é melhor ou qual caminho seguir. Sendo confeiteiro/padeiro é necessário ter habilidade com faca, saber cozinhar itens, ter uma gama maior de conhecimentos que ao final podem ter ajudar futuramente. Geralmente, cursos específicos mesmo por mais que digam que não é necessário nenhuma base, será cobrado alguma habilidade básica na cozinha: organização, mise en place, planejamento, boas prática de manipulação.

      Porém, se a base já não te agrada sugeriria que repensasse se realmente desejar entrar na área. Como digo no texto, fazer um bolo para amigos é uma coisa. Ter que fazer 10 todos os dias é outra.

  5. Fabiana Malheiros:

    Bom dia, Vitor.
    Meu nome é Fabiana é a primeira vez que vejo o seu blog, e veio como uma luva pra mim, eu sempre quis fazer gastronomia mais minhas condições financeiras não permitia, então resolvi fazer administração, fiz 2 anos ( mais já estou a 2 anos com a faculdade trancada), hoje graças a Deus tenho condições de fazer gastronomia o que sempre foi meu sonho, mais estou em dúvida se ter mino adm ou faço o que realmente gosto, essa dúvida está me matando e tenho que decidir hoje, pois as aulas começam amanhã, vi que você teve muita coragem de trocar de curso, foi uma decisão fácil ou você também ficou com o coração apertado? Me ajuda por favor.

    1. Vitor Hugo:

      @Fabiana: vixi, Fabiana! São tantos fatores para colocar na conta. Fácil nunca é, trocar tudo por uma vida nova não é tranquilo. Ou melhor, mudanças nunca são fáceis, né? Espero que tenha encontrado a resposta que melhor se encaixe na sua realidade.

  6. André:

    Boa noite.
    Sou formado e pós-graduado em Direito. Me dedico à área acadêmica com vários projetos de pesquisa e etc.
    Todavia, eu gosto do que faço, mas não faço o que gosto.
    Gosto mesmo da gastronomia!
    Como você disse, cozinhar para 05 amigos não é o mesmo que cozinhar profissionalmente.
    Já preparei jantares para 50 pessoas (todos amigo e fazendo vaquinha), sempre falaram bem de mim, organização, ordem dos pratos bebidas etc…
    Pretendo começar gastronomia esse ano e desistir do mestrado (o qual fui recentemente aprovado no processo seletivo).
    Mestrado em Direito ou Gastronomia???
    Escolhi a gastronomia, pois, como já disse, gosto do que faço, mas não faço o que gosto.
    Seu texto foi bastante esclarecedor para mim, obrigado!!

    1. Vitor Hugo:

      @André: uuuh, escolhas grandes e difíceis. Boa sorte na sua nova empreitada e bem-vindo ao clube! :D

    2. Alex:

      André percorri o mesmo caminho que vc, direito e outros mais, porém na gastronomia me encontrei, larguei de direito e hoje faço com amor aquilo que gosto , e acredite, se encontrar é a melhor realização! te desejo sorte

  7. Dayse:

    Ola Vitor, tudo bem?
    Gosta muito de Gastronomia, já pensei e pensei em todos os outros curso que poderia fazer, porem me encontro somente em Gastronomia. Sinto prazer em cozinhar e sentir que as pessoas gostam do que preparo.
    Nunca atuei na área, sinto um grande desejo de trabalhar em restaurantes,, estudas estudar, como você sitou SERVIR, pessoas com o que preparo.
    Provavelmente começarei o curso no primeiro semestre de 2013 e estou muito ansiosa.
    Ansiosa pelas aulas, pela atuação.
    Parabéns pelo texto, achei depois de algumas pesquisas o que queria ler.

    1. Dayse:

      Corrigindo: CITOU!

  8. Mônica Rocha:

    Olá Victor! Excelente texto, parabéns!!! Acompanho o blog já há algum tempo, nunca fiz um comentário, mas hoje, ao ler esse texto maravilhoso, resolvi escrever.
    Moro no RJ, sou formada em arquivologia mas atuei pouco na área. Na verdade, sempre gostei de cozinhar (para 5, 10, 60 pessoas!!!) e terei a oportunidade de iniciar em setembro próximo, o curso de chefe executivo, pelo SENAC. Estou ansiosa para o início das aulas, mas confesso que também me dá um friozinho na barriga quando penso que só agora, aos 39 anos, estarei dando o pontapé inicial para o meu grande sonho, que é atuar profissionalmente na área de gastronomia. Sei que nunca é tarde para darmos início aos nossos sonhos…. mas que dá um medinho, isso dá…rsrsrs.
    Desejo todo sucesso do mundo nessa sua nova fase e parabéns pelo blog nota 10 !!!!!

    Beijos no coração!!!

    1. rafael:

      Monica, oque está achando do curso de chef executivo do senac?

  9. maria helena da silva:

    Sinceramente parabéns! pelo conteúdo de conduzir tão simples e bem e que a maioria das pessoas esperam,á saber que são várias etapas e momentos de muita dedicação e paixão e principalmente desafios.
    Quero agradecer pois faço questão de ler sempre este artigo como uma oração de pura reflexão.
    Obrigada Helena aluna do curso de Chef de cozinha Senac RJ.

  10. Andréa Mota:

    Seu texto é lido com um avental meio maltrapilho, um medo nos olhos e uma vontade de se testar o tempo todo. Engraçado, mas ouvi você falando isso em forma de sermão para alguns senhores cabisbaixos e sem perspectiva. Mas no final, rolou tudo bacana. Venho de uma profissão super boba no que quesito “não temos tempo”. E mesmo diante dessa fome meio amarga do jornalismo, de sacrificar pessoas, lugares e datas, acho que me daria bem com facas e rotinas sem respirar. Talvez tenha sido treinada para andar sempre alerta. De qualquer forma, vou guardar suas impressões com a mesma intensidade que li seu texto (com ansiedade e não menos que isso). Só preciso da grana para fazer. rsrs Adorei seu site, é ótimo! Nem precisaria dizer…

  11. Chef Leo Trevisan:

    Parabéns pelo texto, acompanho o blog a algum tempo nunca comentei nada, mas depois deste post não tenho como me calar. Parabéns mais uma vez pelos textos esse em especial, fala um pouco da realidade do dia-a-dia de uma cozinha e acho até que você foi generoso a tratar alguns assuntos.
    Gostaria de pedir autorização pra utilizar este texto em sala de aula.
    Se puder me responde por e-mail que fica mais fácil pra mim.
    Brigado
    Chef Leo Trevisan.

    1. Vitor Hugo:

      @Leo: pode usar sem problema algum! Agradeço que tenha usado. A gente não pode assustar tanto assim, né? hahahahah

  12. Erika:

    Oi Victor! Parabéns pela conquista!
    Pra mim foi muito bom ler seu texto, pois estou num momento de decidir se continuo na minha área, a química, ou se vou cursar gastronomia. Como você disse e bem sabe, há muitas dificuldades nesta mudança e, justamente por saber disso, ainda não mudei nada. Quem sabe eu não junto as duas coisas, né?
    Por enquanto, sigo cozinhando para 5 amigos e aceitando encomendas de cupcakes de vez em quando… hehehehe
    Boa sorte na nova fase!
    Beijão

  13. Luiza:

    Vitor, adorei seu texto. Também fiz gastronomia e me formei a quase 2 anos, e gostei muito de ter dito no seu artigo a verdade nua e crua, porque a vida na cozinha é mais que dura, é praticamente doar sua vida para aquilo. Eu encarei, e estou encarando o dia a dia, porque descobri que eu amo mesmo e é o que eu sei fazer de melhor, boa jornada pra você e divirta-se (pois é muito divertido mesmo).

  14. Paula Alvarez:

    Caramba, muito bom o texto..e deixa bem claro que a vida real numa cozinha, não é igual a vida do Chef e a cozinha do “Le Velmont” (da novela Fina Estampa), sem correria, sem sujeira, tudo tranquilo, tudo limpinho, lindo e novo hehehehehe
    Nunca fiz cursos, cozinho bastante em casa, e pretendo um dia fazer algo relacionado a gastronomia, culinária, comida e etc rsrsrs
    Cursei administração há dois anos, mas a comida faz parte de mim e da minha vida :) Vou correr na frente, como você disse :)) Um dia volto aqui para contar como foi rs

    beijãozão*

    1. Vitor Hugo:

      @Paula: cozinheiro com a roupa limpa é porque não chegou perto do fogão, hahahahah

  15. Ana Lívia:

    Muito bom o texto Hugo, e esclarecedor.
    Terminei agora o primeiro semestre de Gastronomia e essas dúvidas realmente surgem na nossa cabeça. Estou na fase do começo dos estágios, e isso preocupa. Qual lugar ir, será que consigo?, qual área seguir… mas apesar disso tudo, amo Gastronomia, amo cozinhar e aprender. É mais que uma realização pessoal sabe.
    Obrigada pelo texto, e boa sorte nessa nova etapa!
    Acompanho seu blog há um tempo, mas só agora que comentei. Acho que foi pela identificação do texto ;) mas farei mais vezes.
    Tudo de bom!

  16. Dricka:

    Victor, parabens pela etapa vencida. Muito sucesso na nova profissão e que uma cozinha pinte logo por ai pra gente poder provar seu tempero.
    Gostei muitissimo do texto, você especificou perfeitamente o que é a profissão, tem muita gente deslumbrada por ai achando que chef de cozinha não é cozinheiro, que o trabalho é glamouroso e não sua a a camisa. Amo cozinhar, mas depois de ter trabalhado num restaurante (lavando pratos, que fique claro,rsrsrsrs) vi que a rotina é dureza, gastronomia é pros fortes! Por essas e outras é que faculdade de gastronomia um sonho distante da minha realidade no momento, mas que acho o máximo, acho.
    Bjs

  17. Daniel Figueiredo:

    Parabéns pelo curso ;)

  18. Franciele:

    Muito bom o texto! Estou no meio desse processo de mudança… Do curso de psicologia para o superior técnico em gastronomia….
    Adorei seu texto, realmente não dá pra levar em consideração somente as propagandas e todo glamour que andam colocando em cima dessa profissão, tem que ralar e ralar muito… Mas ralar fazendo o que realmente gosta é maravilhoso!

    1. Vitor Hugo:

      @Franciele: como sempre digo: pensa no glamour, pensou? Esquece 3x ele, aí começa a ter ideia do que é uma cozinha! hahahahah Se já terminou Psicologia, isso ser muito útil… acredite-me!

  19. sheila blauth:

    Gostei mto do seu texto… tenho pensado seriamente em enfrentar esta guinada, visto que sou formada em Biblioteconomia e não há nada mais distante da cozinha do que isso (rs).

    Hoje estou em casa, cuidando do meu filho de 1 ano, mas com tempo suficiente para analisar a hipótese de perseguir esse sonho que, há tempos, alimento dentro de mim – cursar gastronomia.

    Confesso que o que mais me inibe é o abandono da familia, principalmente no meu caso, em que há uma criança de 1 ano. Penso que devo esperar um pouco mais para me dedicar a isso, ou ainda que devo tentar mas não cair de cabeça nessa, como profissão… apenas como realização pessoal

    Seu texto elucidou muitas coisas, por isso, agradeço por ter compartilhado

    Abraços de Campinas :)

    1. Vitor Hugo:

      @Sheila: é, talvez a culpa te consuma um pouco por deixar o filhote pequeno. Uma coisa na cozinha a gente tem certeza: só a hora de entrar, pra sair… (nas cozinhas comerciais). Mas tente, procure estágio ou cursos rápidos para ir testando.

  20. Vêu Jordão:

    Boa noite!!!

    Acabei de terminar o curso Tec de Gastronomia, e definitivamente escolher está area não é como nas novelas que tem sido muito abordado a “profissão”, tem que ter amor, dedicação e realmente fazer um almoço para 5 pessoas não é como o dia a dia de uma cozinha, posso dizer que tive sorte, fiz estágio dois meses, virei assistente da Chef e hoje assumo a cozinha de um restaurante, sinto que falta muito, preciso aprender cada dia mais e mais, e é engraçado, nunca consegui comentar exatamente isso no blog, embora tenha deixado ele muito de lado e aos poucos estou tentando resgata-lo.
    Acredito que vc disse tudo atraves de palavras , no seu blog Parabéns =)

    bjos Vêu Jordão….

    1. Vitor Hugo:

      @Vêu: toda vez eu lia mentalmente seu “username” como SEUjordão, hahahah Tinha que falar isso, desculpa aí! Em toda profissão é preciso paixão, nas que envolvem serviço e comida uma dose extra é mais do que necessário, né!

    2. marciany:

      o meu sonho é curssar grastronomia e quero e vou conseguir eu amo cozinhar, è minha paixao mas nao sei como dar o primeiro passo